Estou aqui em Portugal e observo que este mês é crucial para os mercados, possivelmente produzindo muita volatilidade ou possivelmente um mini-crash.
1) dia 20 o FED, o Banco Central Americano define o novo aumento da taxa de juros.
Minha previsão: não haverá aumento, pois no mundo todo os bancos centrais estão operando com taxa negativa, ou seja, cobrando dos poupadores pela permanência de suas economias no Banco. Isso significa o quê? Que os governos não querem que você poupe e sim que gaste seu dinheiro para ativar a economia mundial, em recessão. Você vai gastar? Muito provavelmente não, pois a situação está difícil, os empregos em declínio e você certamente, inteligente como eu, vai buscar uma nova forma de aplicação: o ouro e a prata que, em qualquer situação, terão seus valores intrínsecos mantidos.
2) dia 23 a Grã-Bretanha define em plebiscito se permanece na União Europeia ou sai dela.
Minha previsão: sairá.
Vários fatores estão em jogo: o endividamento exagerado dos países da UE, assunto que já foi objeto de um relatório que escrevi recentemente aqui no meu site.
A emissão exagerada de moeda, sem lastro, pelo Banco Central de Bruxelas para socorrer a Grécia e outros países. Os movimentos fora de controle da imigração proveniente dos países em conflito, entre eles, vários terroristas. O endurecimento recente do BCB estabelecendo regras e limitações que têm desagradado os britânicos.
A Grã-Bretanha não aderiu à União Europeia, inteiramente, tanto que não adotou o euro para substituir o pound inglês, ou libra esterlina. Sua participação ficou limitada tão somente ao comércio.
Em qualquer das hipóteses, ganhe o SIM ou o NÃO, a libra esterlina deverá sofrer forte desvalorização. Se houver a separação a libra se desvaloriza por falta de confiança em sua moeda, já que as reservas de ouro da Grã-Bretanha estão situadas nos menores índices Reservas em ouro/Base Monetária dos países desenvolvidos. Se prevalecer a união, a libra se desvalorizará para se adequar ao Euro.
Como os investidores, de modo geral, não percebem a realidade dos mercados e se guiam por expectativas, não está descartada a possibilidade de um aumento de curto prazo nas bolsas mundiais derivada do fluxo de recursos das poupanças para as ações.
Bons investimentos.